A capacidade de conseguir de adaptar a vários cenários diferentes é uma das principais características presentes nos bons líderes da atualidade. Assim, quando se trata de pessoas, é necessário entender que cada uma possuí características e personalidades bem diferentes, impactando na forma como devem ser liderados. É a partir disso que surgiu o modelo de liderança situacional.
Veja também como ser mais produtivo!
Confira abaixo tudo do que se trata esse modelo, como ele surgiu e muito mais.
O que é liderança situacional?
A liderança situacional é um modelo de liderança que gira em torno da capacidade do líder de conseguir se adaptar a qualquer contexto ou até situação econômica. Ou seja, independente da situação que a empresa esteja passando, ter uma liderança nesse modelo ajuda a sair de crises e até mesmo voltar a crescer.
De fato, esses líderes são mais do que capazes de manter um time de alto desempenho, mesmo diante de diversas crises. Para isso, é fundamental que o profissional saiba gerir de maneira correta o capital intelectual da empresa com maestria, utilizando as competências técnicas e comportamentais do seu time para alcançar os resultados.
No entanto, as empresas devem se desapegar de uma gestão mais engessada e antiga para conseguir aplicar as fórmulas prontas. Tendo em vista que a resiliência é a palavra que melhor define as equipes administradas por esse modelo de segurança.
Desse modo, é correto afirmar que as equipes podem se reunir com colaboradores com diferentes skills em níveis diferentes de competência. Desde que as características sejam complementares, até o entusiasmo se torna uma habilidade a compor a equipe.
Quando surgiu a liderança situacional?
De modo resumido, podemos dizer que a liderança situacional foi desenvolvida em 1969 por Paul Hersey e Ken Blanchard. Como o nome sugere, um líder situacional é aquele que consegue adaptar o seu comportamento a diferentes situações. Ainda, em outras palavras, a eficácia do líder está na sua capacidade de adaptar o seu comportamento gerencial ao nível da maturidade ou sofisticação de seus subordinados, ou seja, à situação.
A beleza da Teoria de Liderança Situacional de Hersey e Blanchard está em aceitar que não existem tipos de liderança melhores. Muito pelo contrário, pois tudo dependerá da situação a ser enfrentada e as estratégias mais adequadas a serem utilizadas. Assim, nela, o líder tem o papel de observar sugestões como o tipo de tarefa, a natureza do grupo e outros fatores que podem contribuir para a realização do trabalho.
Quais são os 4 estilos da liderança situacional?
- Direção: Esse é o estilo que os subordinados possuem a menor autonomia. Neste caso, o líder orienta a equipe sobre as tarefas, que são supervisionadas até que os profissionais possuam maior capacidade;
- Orientação: Neste estilo, o líder deve oferecer uma supervisão constante, estímulos para a execução das tarefas, apoiar sugestões e ideias dos funcionários. Entretanto, a palavra final ainda é a do gestor;
- Apoio: Aqui, a supervisão do líder é muito menor. Na verdade, a ideia é que ele facilite o trabalho e incentive os profissionais da equipe. Ele deve apoiar a análise de diferentes ideias e perspectivas, de modo a enriquecer os processos de forma colaborativa;
- Autonomia: Nesse caso, o papel do líder é bem menor na tomada de decisões e realização das atividades. Dessa forma, o líder deve apenas delegar responsabilidades e atuar para manter a organização do trabalho.
Entendendo a maturidade do subordinado
Conforme a teoria do livro de Hersey e Blanchard, temos quatro estilos de liderança situacional que dependerão do nível de maturidade do indivíduo ou da equipe como um todo (ou seja, dependerá do nível de conhecimento e competência). Sendo assim, a maturidade tem a ver com a vontade e a capacidade do colaborador em assumir a responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento. Portanto, ela é classificada em 4 estágios de prontidão (os quatro níveis de maturidade):
P1 – Baixa vontade e baixa capacidade
Os liderados membros do grupo não têm conhecimento, habilidades e disposição para concluir a tarefa, ou porque são novos, ou porque não se sentem preparados para tomar decisões e não sabem os passos a seguir. Possuem baixíssima autoconfiança.
P2 – Alta vontade e baixa capacidade
Os liderados possuem uma certa experiência e, portanto, estão dispostos e motivados. Todavia, ainda necessitam de apoio.
P3 – Baixa vontade e alta capacidade
Os membros do grupo têm as habilidades e capacidade para concluir a tarefa, mas não estão dispostos (e nem se sentem motivados) a assumir responsabilidades.
P4 – Alta vontade e alta capacidade
Os liderados são altamente qualificados e motivados a concluir a tarefa com autonomia.
Mapa da liderança situacional
A relação estilo de liderança x maturidade do liderado é melhor compreendida na imagem abaixo. Confira:
Os diferentes estilos de liderança situacional variam de E1 a E4. Assim, ao mapear o Nível de Prontidão (P1 a P4) da equipe ou de cada indivíduo o líder situacional consegue escolher o estilo correto para se adequar aos níveis de competência da equipe ou indivíduo, combinando o estilo de liderança apropriado com seus níveis de maturidade (isso significa perguntar-se o quão competente é a equipe ou indivíduo para completar a tarefa designada).
Observando o diagrama acima:
- A maturidade P1 é mapeada para o estilo de liderança E1;
- A maturidade P2 é mapeada para o estilo de liderança E2;
- A maturidade P3 é mapeada para o estilo de liderança E3;
- A maturidade da tarefa P4 é mapeada para o estilo de liderança E4.
Como desenvolver a liderança situacional?
É possível que os líderes de setores não saibam qual é o melhor modo de agir em determinadas situações, por isso é bem importante que passem por treinamentos. Aliás, não basta apenas investir em treinamentos para a equipe. Todos devem saber quais são os seus verdadeiros papéis dentro da corporação.
Um bom líder é aquele que tem conhecimentos sobre determinado assunto, que ostenta habilidades interessantes e ainda possui atitudes de liderança. Portanto, um líder situacional é alguém que precisa saber qual é a maneira exata de gerenciar o seu time. E isso deve acontecer nos mais variados cenários.
A liderança situacional é algo que pode não ser desenvolvido de um dia para o outro. Dessa forma, os gestores podem identificar aqueles que são destaques na empresa, oferecendo-lhes novas possibilidades, para que possam desenvolver essa vocação. Assim, a tendência é que o time fique mais homogêneo e até aproveite este conceito.
Quais são as vantagens da liderança situacional?
Agir de acordo com as circunstâncias, levando em consideração aspectos mais individuais, tende a fortalecer a confiança e a cultura organizacional, ao mesmo tempo em que cria uma trilha de desenvolvimento mais individualizada. Dessa forma, algumas das vantagens encontradas pelo gestor que adota esse modelo são:
- Maior flexibilidade;
- Maior compreensão quanto a experiências e curva de aprendizado distintas;
- Treinamento constante dos colaboradores;
- Criação de um ambiente confortável e suscetível ao desenvolvimento;
- Considera diferentes fases de desenvolvimento;
- Promove a adaptação em diferentes contextos;
- Impulsiona o trabalho colaborativo.
Em suma, uma liderança situacional parece estar em maior sintonia com as novas gerações, interessadas em ambientes de trabalho mais flexíveis, focados em um desenvolvimento abrangente, e principalmente, que acompanhe seu progresso e não o contrário.
Quais são as desvantagens da liderança situacional?
Apesar dos benefícios, uma gestão baseada no ambiente, pode gerar confusão entre os colaboradores, justamente por seu viés mais “individualizado”. Além disso, tende a focar em desafios mais imediatos do que em necessidades de longo prazo. Algumas desvantagens deste estilo de gestão são:
- Focar somente em situações imediatas, deixando objetivos gerais em segundo plano;
- Muita dificuldade em estabelecer a maturidade dos liderados;
- Falta dos procedimentos padrões que a maioria estão acostumados;
- Depende das habilidades e experiências do líder;
- Uma vez implementada, é desafiador estabelecer outro estilo de liderança.
Por seu caráter mais versátil, algumas empresas podem enfrentar dificuldades ao utilizar o método, ainda mais se for centralizada, com um nível de hierarquia mais consolidado. Por fim, dependendo da cultura da empresa, pode ser um desafio para o gestor manter o alinhamento necessário para realizar o trabalho de maneira efetiva.
FAQ – Liderança situacional
O que é liderança situacional?
Como o nome sugere, um líder situacional é aquele que consegue adaptar o seu comportamento a diferentes situações. Ainda, em outras palavras, a eficácia do líder está na sua capacidade de adaptar o seu comportamento gerencial ao nível da maturidade ou sofisticação de seus subordinados, ou seja, à situação.
Quais são os 4 estilos da liderança situacional?
Os quatro estilos de liderança situacional são:
- Direção;
- Orientação;
- Apoio;
- Autonomia.
Quais as vantagens da liderança situacional?
A liderança situacional apresenta várias vantagens para quem a utiliza. Confira algumas delas:
- Maior flexibilidade;
- Maior compreensão quanto a experiências e curva de aprendizado distintas;
- Treinamento constante dos colaboradores;
- Criação de um ambiente confortável e suscetível ao desenvolvimento;
- Considera diferentes fases de desenvolvimento;
- Promove a adaptação em diferentes contextos;
- Impulsiona o trabalho colaborativo.