Entender a competitividade do mercado onde a sua empresa está inserido é bem fundamental para o planejamento estratégico. Assim, as 5 forças de Porter são uma ferramenta de análise que podem ajudar os empreendedores nesse passo.
Criado pelo professor Michael Porter ainda na década de 70, esse modelo é muito útil nas organizações para aprofundar os seus estudos sobre o mercado e até otimizar as suas estratégias de negócio.
Abaixo você verá tudo o que precisa saber sobre as 5 forças de Porter. Confira:
Antes de tudo: quem é Michael Porter?
Michael Porter é professor renomado da Harvard Business School e fundador da empresa de consultoria do Monitor Group, o qual integra agora o grupo Monitor Deloitte. Michael Porter desenvolveu esta análise estratégica baseado nas necessidades que a análise SWOT possuía.
Assim, a ferramenta estuda as forças que influenciam a capacidade de uma empresa em atender seus clientes e obter lucro.
As 5 forças de Porter funcionam como pilares para uma empresa. A ideia é que, caso algum pilar seja modificado, a empresa precise reavaliar o seu posicionamento estratégico no mercado.
O que são as 5 Forças de Porter?
É uma ferramenta criada por Michael Porter, nos anos 70, com o objetivo de avaliar e analisar o ambiente externo no qual a organização está inserida.
Um exemplo da análise das 5 Forças de Porter, neste caso: se você tem uma empresa de eletrônicos, a análise de Porter te ajuda a investigar se os seus eletrônicos estão no nível das outras empresas, além de sondar como é a competitividade neste mercado.
Seu objetivo, portanto, é medir a competitividade do mercado e apontar se seu negócio está inserido nele ou não. Assim, as Forças de Porter ajudam você a ter uma visão mais ampla da sua concorrência, aprendendo com ela a desenvolver melhor o seu próprio negócio.
A seguir, mostraremos quais são as 5 Forças de Porter:
1. Rivalidade entre a concorrência
Não importa o nicho em que uma empresa atua, ela sempre competirá com outras empresas do mesmo segmento, e esse é um ponto essencial a ser analisado. Assim, é preciso saber com exatidão quem são os concorrentes diretos, além de acompanhar de perto suas táticas e desenvolvimento.
Pesquise e questione-se sobre as estratégias que seus concorrentes estão utilizando, pois a partir delas será possível descobrir meios para se destacar no ambiente em que vocês estão disputando.
2. Poder de barganha dos fornecedores
Você já calculou o impacto dos seus fornecedores sobre o seu produto ou serviço? Qualidade, preço, tempo de entrega e etc? Pois bem, isso é vital, já que está diretamente ligado ao desenvolvimento do seu negócio. Questione-se se você não “está na mão” de alguns fornecedores. Para chegar a um raciocínio lógico, pense em quantos fornecedores de cada área estão disponíveis para você. Se forem poucos, procure ampliar essas relações, sempre observando qualidade, preço e prazos de entrega.
Por fim, jamais dependa somente de um fornecedor, pois a exclusividade tira o seu poder de barganha.
3. Ameaça de novos produtos ou serviços
Por mais inovador que o seu produto ou serviço seja, isso não quer dizer que você tem isenção de concorrência. O mercado está em constante evolução, devido ao comportamento de consumo que muda ano após ano.
Sendo assim, para se antecipar a possíveis “surpresas”, faça uma lista com todos os concorrentes (diretos e indiretos) que oferecem soluções para os mesmos problemas que você, e invista nessa análise.
Digamos que você vende motos. O seu concorrente não é só o cara do outro lado da rua que também vende motos; mas sim a loja de carros, de bicicletas, apps de transporte compartilhado, a startup de patinetes motorizados e etc – pense, eles solucionam o mesmo problema que você.
O que seu produto/serviço tem como diferencial, será o que fará o público pensar duas vezes na hora de tomar uma decisão de compra.
4. Ameaça de novos concorrentes
Para Porter, a quarta força consiste em analisar o que é possível fazer para impedir ou — pelo menos — dificultar o ingresso de novos concorrentes no mercado. Essa é uma questão complexa. No entanto, existem fatores que costumam barrar novos aventureiros em um nicho, como:
- Contratos de exclusividade;
- Patentes;
- Consolidação no mercado.
5. Poder de barganha dos clientes
O poder de decisão do consumidor, nos dias atuais, é mais forte do que jamais foi, em especial no que diz respeito a qualidade e preço.
Assim, quando pensamos no poder que o público tem de exigir produtos melhores ou preços mais baixos, a máxima “o cliente sempre tem razão” passa a fazer ainda mais sentido. Afinal, quem determina o valor de um produto ou serviço é a demanda (ou a ausência dela).
Quanto mais competitivo é o mercado em que sua marca atua, ou seja, quanto mais empresas oferecem um produto ou serviço semelhante ao seu; maior é o poder de barganha do cliente. Assim como a relação inversa também é verdadeira.
Por que usar as 5 Forças de Porter?
As conclusões que essa ferramenta geram para o empreendedor são ideais para mostrar o posicionamento da marca em seu mercado de atuação. Sendo assim, o empreendedor percebe sua capacidade — em obter lucros mais consistentes ou servir melhor aos consumidores — e as análises servem para fornecer dados importantes sobre os pontos fortes e fracos da empresa e da concorrência.
Além disso, as 5 Forças de Porter ajudam sua equipe a ter um conhecimento mais aprofundado sobre os produtos/serviços com que trabalham e, consequentemente, a manter um relacionamento bem mais consistente com os clientes.
Como aplicar as 5 forças de Porter em seu negócio?
Depois de conhecer as 5 forças de Porter, veja como utilizá-las na prática em seu negócio:
Estabelecer objetivos
É mais do que fundamental que você pense no que quer alcançar aplicando o modelo das 5 forças de Porter. Seus objetivos devem ser bem definidos (por exemplo, aumentar a participação de mercado em uma determinada porcentagem ou dentro de X meses). Mais adiante, é importante também comparar as metas estabelecidas com os resultados obtidos, a fim de fazer modificações nas ações realizadas para atingir esses objetivos.
Mapeie as forças do seu negócio
Antes de mais nada, você precisa saber quais são as principais forças do Porter em relação ao seu negócio.
Uma dica para isso é levar em conta os critérios como o número de concorrentes da sua empresa, as características de cada um, o nível de divulgação da marca, o grau de diferenciação no mercado, entre outros.
Por exemplo, se você vende brinquedos online, analise como outras lojas do seu nicho comunicam as suas peças, o que eles oferecem como diferencial e etc. A partir desta pesquisa inicial, você terá dados concretos para entender o grau competitivo do seu negócio em seu segmento de atuação.
Analise o mercado
Acompanhar as tendências do seu nicho de atuação é fundamental para entender a participação da sua empresa no mercado, as ações dos concorrentes e o comportamento do consumidor.
Como já dito, é importante fazer pesquisas de mercado. Assim, em vez de ficar apenas em teorias, você pode construir cenários futuros com dados concretos e trabalhar em estratégias fundamentadas.
Por exemplo, se você irá lançar um novo produto no mercado, a partir dos dados coletados da análise, é possível saber detalhes de quanto dinheiro os seus clientes estariam dispostos a pagar pelo produto, quais diferenciais que seriam bem apreciados pelo comprador e por aí vai.
Existem duas formas de fazer uma pesquisa de mercado, que são:
- Pesquisa primária: quando você mesmo realiza a análise, coletando e analisando os dados;
- Pesquisa secundária: quando a pesquisa é realizada por terceiros ou uma empresa privada, podendo ou não os dados ficarem disponíveis para acesso público na internet.
Aposte na diferenciação
Se o nicho em que você atua já está saturado com muitos concorrentes oferecendo soluções similares, então a melhor estratégia pode ser investir nos diferenciais competitivos de sua marca. Isto é, melhorar os aspectos e benefícios que apenas seu negócio tem para que ele se destaque e seja melhor percebido pelo público-alvo.
Aumente o foco
Você saberia dizer aonde quer que a sua empresa esteja nos próximos anos? Ou ainda, se você não é empreendedor, mas é um gestor de empresa, essa visão é compartilhada com você? Você tem conhecimento disso? Pois bem, o fato é que os empreendedores e gestores precisam analisar seus processos de modo a entender de que forma os esforços estão sendo direcionados – se a empresa possui objetivos estratégicos esses esforços precisam estar voltados ao atingimento deles. Se a empresa não tem objetivos estratégicos traçados, significa que ninguém sabe para aonde está indo e porque está indo, e então é necessário dar um passo atrás e investir nesse processo.
Além disso, é preciso analisar se a marca está atuando no nicho correto, se conhece a forma como seu mercado se comporta, quais métricas de desempenho deve utilizar e quais táticas podem surtir efeitos mais positivos.
Inclua a análise de Porter em seu planejamento estratégico
A análise de Porter deve fazer parte do planejamento estratégico da sua empresa. É no momento de estruturação do negócio que você tem que analisar as principais forças que atuam sobre a companhia e definir como se defender ou utilizá-las ao seu favor.
Nesse sentido, você pode tomar várias decisões, como:
- Criar estratégias para atrair clientes;
- Diferenciar a sua solução ou marca da concorrência;
- Investir em tecnologia para automatizar processos.
FAQ – 5 forças de Porter
Quem é Michael Porter?
Michael Porter é professor da Harvard Business School e fundador da empresa de consultoria do Monitor Group, o qual integra agora o grupo Monitor Deloitte.
Quais são as 5 forças de Porter?
Rivalidade entre os concorrentes, ameaça de entrada de novos concorrentes, ameaça de produtos substitutos, poder de negociação dos clientes e poder de negociação dos fornecedores.
Para que serve a teoria de Porter?
A teoria de Porter serve como uma análise profunda para ajudar a posicionar uma empresa no mercado. Assim, a partir das pesquisas sobre as 5 forças de um segmento, fica mais fácil identificar ameaças e oportunidades.